Exemplo 01:
José tem Restaurante no DNA. Ingressou no ramo ainda menino.
Lavou
copo. Limpou banheiro. Varreu salão.Cresceu. Depois de anos como
"comim", chegou a "garçon". Interessado, entrou pra cozinha.
De Auxiliar a Chef, muito suor derramado e queimaduras.
Dedicado,
não se limitou ao ambiente de trabalho. Cursos de aperfeiçoamento e a
busca por aprendizado, preenchiam as horas de descanso.
Impressionante
como 25 anos passam rápido, quando em fogo baixo. Chegara hora de
realizar o sonho de uma vida. Abrir o próprio Restaurante.
Possuía ponto, conhecimento e vontade de pegar nas panelas. Faltava o Capital.
Nada muito alto. A principio a Empresa teria porte para 80 mesas, empregando 8 funcionários.
Nasce o orgulho de criar Empregos. Dá-se inicio à maratona bancos.
Juros absurdos. Exigências pornográficas. Se possuísse o exigido, não precisaria de Banco.
Depois de longa peregrinação e muito implorar, verba liberada. Verdadeiro escalpo.
Como garantia, a casa onde morava e o carro. Patrimônio adquirido às custas de muita madrugada em claro.
Restava tocar o sonho. Em dando certo, de três a cinco anos para se livrar do Sócio Banqueiro e daí por diante, quem sabe?
Exemplo 02:
José possui alqueires de Terra. Herança de Família.
Nada veio de mão beijada. desde piá engordou calos nas mãos, na ponta de guatambu.
Madrugadas e madrugadas encaradas ao lado do Pai. O grande professor.
Chegara a hora do merecido descanso do Velho. O arado estava com ele.
Planejava plantar soja. Procurou o Banco.
Comparado a outros setores, não podia se queixar. Juros menores e boas condições de pagamento.
Seriam flores, não fosse os desígnios do Tempo.
Sairia do Banco e semearia a terra com moedas, conquistadas sob a garantia de penhoras.
Se o tempo ajudar, safra boa, razão pra comemorar.
Clima
bandido e pesadelo à vista. Dívidas, falta de dinheiro e possibilidade
de perda de patrimônio, construído via sangue, de um corpo hoje
envelhecido.
Como saber?
Não há como.
O jeito é plantar e deixar o resto nas mãos de Deus. O do Céu. Não o do banco.
"O
mecanismo de incentivos fiscais da Lei Rouanet é uma forma de estimular
o apoio da iniciativa privada ao setor cultural. Ou seja, o Governo
abre mão de parte dos impostos (que recebe de pessoas físicas ou
jurídicas), para que esses valores sejam investidos em projetos
culturais que ajudam a mudar e até transformar o cenário da comunidade.
Caso 03:
João, José e Juquinha são artistas famosos. Cantor e ator.
João planeja um Show em Casa de Espetáculos forte da Capital.
Já tem o nome: "João cantando as Muiés"...
Inspirado na música mais tocada de seu CD (É nóis comendo elas!...)
José tem Projeto de um Longa Metragem. Comédia.
Título sugestivo: "Comendo Égua"
Título sugestivo: "Comendo Égua"
José deseja por em cartaz Peça conhecida:
"Frieiras do Pé da Puta".
"Frieiras do Pé da Puta".
Nenhum deles tem dinheiro. Não pra investir em iniciativas arriscadas.
Duro nenhum deles está. Acabaram de estrelar Novela em Grande Emissora.
Um Sucesso. pena que não lembro o nome.
Juntos, correm atrás da papelada da Lei Rouanet.
O
proponente (neste caso, a Fundação Cultural de Curitiba) apresenta uma
proposta cultural ao Ministério da Cultura (MinC) e, depois de aprovada a
proposta, o proponente é autorizado a captar recursos junto a pessoas
físicas pagadoras de Imposto de Renda (IR), que apresentam declaração
completa, ou empresas tributadas com base no lucro real visando a
execução do projeto.
Os
agentes incentivadores que apoiarem o projeto poderão ter o total do
valor desembolsado deduzido do imposto devido (artigo 18), dentro dos
percentuais permitidos pela legislação tributária.
Empresas, até 4% do imposto devido;
Pessoas físicas, até 6% do imposto devido."
Fonte: Fundação Cultural de Curitiba.
Traduzindo para Linguagem do Cidadão Comum:
O
Projeto pode ser um Lixo. Cinema, Teatro, Show, indiferente. Mesmo
diante do mais estrondoso fracasso de bilheteria, não dará prejuízo.
Custo de produção é zero. Foi 100% patrocinado.
Em alcançando êxito, voltamos aos 100% na distribuição dos lucros. Negócio dos sonhos
Empresários vibram. Abraçam sempre artistas já consagrados. Podem divulgar a marca no Espetáculo. O marketing mais barato do mercado. Na verdade não gastam nada. Apenas desviam o valor a ser pago de Impostos, ao patrocínio.
Quem paga a conta?
Adivinha...
Empresários vibram. Abraçam sempre artistas já consagrados. Podem divulgar a marca no Espetáculo. O marketing mais barato do mercado. Na verdade não gastam nada. Apenas desviam o valor a ser pago de Impostos, ao patrocínio.
Quem paga a conta?
Adivinha...
Soube
que João, José e Juquinha foram vistos com cartazes nas ruas,
defendendo Dilma, falando de Golpe em andamento e não reconhecendo novo
Governo.
Por que será que não me surpreendo?
Por que a lei Rouanet não pode patrocinar o restaurante do José ou a Safra do José?
E Agora José?
O
QUE CHAMAM DE APOIO A CULTURA, PODE SER TRADUZIDO COMO ESTUPRO ÀS
CLASSES PRODUTIVAS, CANSADAS DE TRABALHAR, PRA SUSTENTAR GENTE CHEGADA A
FAZER ARTE.
VOU ALI VOMITAR E JÁ VOLTO
Coisas de um país que virou uma coisa.
E Assim o Mundo Gira e o brasil se Afunda
E Assim o Mundo Gira e o brasil se Afunda