Não há mais porquê repetir descontentamento e indignação diante do abandono do Municipio do Imbé.
Administração passou o ano de braços cruzados. O arrecadado vai pra suprir folha de pagamento de Máquina inchada. Reclamações de veranistas só fazem aumentar. Placas de "VENDE" se multiplicam. Temporada limitada a Natal, Réveillon e Carnaval.
Turista sobe pra Xangri-lá, Capão, Torres e Santa Catarina, cansado de esperar melhorias que jamais virão.
Imbé parou no tempo e quem não acompanha a evolução, por ela é atropelada ou se afoga em esgoto a praia aberta; bicho geografico agradece.
Andar por praias menores é assustador. Impressionante a deterioração a céu aberto. Quando se imagina o fundo do poço, Administração, além de não fazer, passou a se dedicar a atrabalhar quem faz.
Temos garimpado pontos positivos na cidade, maioria absoluta vindos do esforço isolado da iniciativa privada.
Um grande destaque sempre foi a Feira de Mariluz, realizada nas quartas.
Explicando pra quem não conhece.
Avenida Paraguassu é na verdade elo de ligação entre Vilas, Bairros e Cidades. Inicia na ponte da divisa entre Tramandaí e Imbé, seguindo entre as mais distantes praias.
É por ela que passam aqueles que transitam entre os Balneários, optando em não trafefar por rodovias, que seguem margeando perímetros urbanos.
A Feira de Mariluz, tradição de décadas, historicamente se manteve às margens da Paraguassu, facilitando acesso de clientes.
Ultimamente composta de três Empresas independentes.
Felipe; hortifruti.
Evandro; frios.
Ismael; plantas e floricultura.
Evandro e Felipe, numa parceria que deu certo, alugaram terreno particular e construíram estrutura para atendimento de qualidade.
Ismael estacionava seu ônibus ao lado.
Qualidade dos produtos, simpatia no atendimento e preços justos encantavam clientela, que só fez crescer.
Veranistas e Moradores de outras praias passaram a vir, guiados pela propaganda positiva.
Infelizmente qualidade desagrada a Administração.
Proibiram Ismael de vender seu produto, alegando ser proibido venda ambulante, com carro estacionado.
Surpresa geral. Basta andar pela cidade no veraneio e encontrar dezenas de caminhões e ônibus estacionados, inclusive próximos de escolas, vendendo seus produtos alegres, livres e soltos.
Não bastasse, veio agora a facada final.
Decisão política, arbitrária, sem nexo e, cercada de nebulosidade.
Tiraram Felipe e Evandro a liberação de realizar a feira em Terreno alugado. Dizem ser proibido, devido à uma nova e totalmente sem sentido, Lei Municipal.
Jogaram a Feira para local afastado, no meio da Avenida Mariluz, fechando o trânsito e sem nenhuma estrutura aos feirantes e clientes.
Nem luz pra os produtos perecíveis eles tem. São obrigados a manter geradores barulhentos funcionando, um gasto de combustível absurdo
Alegam que CEEE não autoriza mais puxar luz em vias públicas, mas então porque tiraram do Terreno que estava, onde aluguel era pago pontualmente, tendo registro de água e luz oficiais, com contas quitadas pelos inquilinos?
O mais interessante.
Agora Ismael pode estacionar seu onibus e trabalhar sem problemas.
Aonde foi parar a lei que o proibia?
E os banheiros?
No terreno alugado eles existiam e agora?
Terão de usar a podridão dos químicos?
Tenho medo de imaginar o que está por traz dessa arbitrariedade. Atentado à tradição e um crime contra consumidores e Empresários.
Estaria a Prefeitura interessada em acabar com a Feira?
De quem seria o interesse?
Quem é o autor dessa manobra?
Quem ganha com a mudança?
Cidadãos e a cidade, certamente não são.
No terreno de origem a Feira não ficava na frente da casa de ninguém, hoje fecha o acesso de inúmeros moradores e veranistas, sem falar na suJeisa acumulada, barulho desde as horas da madrugada e dificuldades de chegar com carros.
Resumindo:
Decisão é tão ruim e impensada, que não pode ter sido tomada, inspirada na ingenuidade.
NA FALTA DE UM, SEGUEM MAISÃO DESMANDOS:
COM A PALAVRA, A ADMINISTRAÇÃO!