segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

Assentamento irregular do Beira Rio. Caridade para o Inter e pra "Cabaré".

Imprensa Gaúcha imortalizou versão romântica das "nebulosas e inescrpulosas" manobras postas em prática,  pra burlar a Lei e assentar Irregularmente Beira Rio, em aterro ainda não construído.
Hora de trazer verdade à tona.
Aconselhamos quem discordar, sair das amarras de Formadores de Opinião e se aprofundar na História de Porto Alegre.


Inter tinha os Eucaliptos desde 1931 e Gremio a Fazendinha. Sedes simples, se comparadas com.Arenas de hoje, mas mos padrões da Epoca.
Na Copa de 1950, Eucaliptos serviu de Sede pra alguns jogos.
Em 1954 Grêmio deu passo gigantesco,  inaugurado o Olímpico Monumental, padrão acima dos patamares da época.


Um golpe no orgulho Colorado.
Acostumados ao Status de melhor Estádio, ouvir gritos de Chiqueiro, quando adversários se referiam aos Eucaliptos,  era uma afronta.
Surgiu movimento pra aumentar Área dos Eucaliptos.
Crescia o desejo de sumentar o anel superior do Estádio,  aumentando capacidade e oferecendo mais conforto.
Projeto dependeria da desapropriação da Rua Barão do Cerro Largo; fácil de ocorrer.
Governador Ildo Meneghetti.  Patrono e torcedor Colorado, moveria Montanhas por seu Clube.  Presidente Colorado na epoca, Ephrain Pinheiro Cabral e os ex Salvador Lopumo, Joaquim Difini e Manoel Tavares foram em comissão com Pires na mão, pedir intervenção Política ao Governador.  ao governador
Alternativa mais simples e óbvia,  não fosse a "BABI".


"BABI", Casa de Prostituição frequentada por Políticos e burgueses importantes.
Apagar a Luz Vermelha da "BABI", Vizinha Famosa do Internacional, estava acima do Poder do Governador.
Algo mais somplesse deveria ser feito. Como criar mais extensão do Aterro do Guaíba, burlar todas as Leis e assentar o Internacional em Área da União.
Não admira que Colorados escondam. O fato; Cômico, não fosse trágico e promíscuo.
Menos perigoso destruir habitat de peixes, do que mexer com prazeres de "pintos".


O Plano de Construção do Aterro do Guaíba não chegava até o Asilo de Mendicidade. Meneghetti propôs aumentar a extensão, criando área para o Inter e onerar os Cofres Públicos. Dinheiro não era dele. Assim fica fácil.
O Parque da Marinha foi criado pra viabilizar a " maracutaia".
O mais aviltante, só possível em País de Terceiro Mundo. Doar aterro que ainda não existia à uma Instituição Particular, em Área de Propriedade Federal.
Segundo a Constituição, presença do Guaiba torna Área de Propriedade da União.
Juristas, lutando por interesses de Poderosos Clientes, contestam essa versão. Muitos casos entram no vazio da dúvida jurídica, não sendo o caso do Beira Rio
Áreas Oceânicas e as que sofrem efeitos de Maré, claramente constam na Constituição como Propriedadese da União
Guaiba se encaixa 100%. Ocupá-la, só por Invasão ou Concessão.
A não ser que haja mudança na Constituição,  Aterros não dão direito à  Escritura. Pra alterar,  só com maioria de 2/3 no Parlamento.
Documentos emitidos por Governantes locais não tem validade jurídica.
Basta ver.
Pegando três exemplos; Aterros do Rio de Janeiro, Porto Alegre e Florianópolis.
Tirando Beira Rio, desconhecemos outras propriedades particulares neles localizados.
Caso existam são Concessões, não aquisição definitiva.
Aterro serve pra aumento territorial, criação de Parques, vias de escoamento de tráfego ou Prédios de Governo.
Aberração em níveis de ficção e desrespeito de Politicos.
Internacional, certo do sucesso do absurdo, passou a vender Cadeiras Cativas, de um Estádio a ser construído, em terreno que ainda era um Rio; estuário ou lago, se preferirem.
Imprensa na época, surpresa com o inconcebível, chamava de "Venda de Bóia Cativa".

Em resumo. Ildo Meneghetti não doou um Terreno que não lhe pertencia ao Inter. Foi além.
Inventou o Beira Rio e salvou a "BABI".
Inter não tem Estádio.
Beira Rio, nas Leis atuais jamais terá Escritura.
Meneghetti é a versão Século XX do MST, Colorado construiu casa em terra que não lhe pertence e mora de favor.


Insanidade desse Nível nasce de um só,  mas só pode ser posta em prática com apoio de Aliados.
Nada aconteceria sem aprovação
do Departamento Nacional de Obras e Saneamento (DNOS). O diretor regional na época era Telmo Thompson Flores, tão colorado quanto Meneghetti.

Thompson Flores abracou, mas colocou um obstáculo:

- Se vocês conseguirem a autorização do prefeito, eu me encarrego de colocar a areia.

O prefeito era Leonel Brizola (PTB),
adversário de morte do PSD do governador.
Brizola tinha pretensões políticas e viu risco de enterrar sua carreira, comprando antipatia de Colorados e, principalmente, sendo responsabilizado pelo fechamento da Babi.
Cedeu e liberou área de "Manancial que não lhe pertencia.

Existe uma concepção equivocada de ser Manancial, somente Nascentes.
Esclarecendo.

Mananciais são todas as fontes de água, superficiais ou subterrâneas, que podem ser usadas para o abastecimento público. Isso inclui, por exemplo, rios, lagos, represas e lençóis freáticos.

O Guaiba não é Rio. Não tem Nascente própria.
Apesar de receber 5 rios, Cai, Gravatai, Jacui, Taquari e Sinos, nao é Estuário. Desemboca no Oceano de maneira indireta e alimenta as Lagoas Patos e Mirim.
Claramente não é o destino final das águas dos 5 rios.
Apesar de ser um fenômeno natural de difícil definição, Guaiba é um Manancial. Presença de Construções às  suas Margens fere a Constituição.
Área é de propriedade Federal.


No dia 12 de setembro de 1956 o vereador Ephrain, presidente da Câmara, apresentou projeto de lei pela doação de 7,5 hectares destinados à construção de um estádio numa futura área aterrada no Guaíba. Ou seja, na água até então. Brizola sancionou.
Processo, como tudo no Brasil, quando há o "Famoso Interesse Politico", leia-se Corporativismo, andou em tempo recorde.

O mais interessante
Nem aprovado estava e toneladas de terra, pedras e demais materiais, pagos com dinheiro público,  eram despejados no Guaíba.
Tornava-se realidade a caridade mais cara do RS, comemorada no cheiroso e lúgubre ambiente da BABI.


Área da União. Lei fala em 33m da margem serem de Propriedade Federal. Foto mostra que invadiram o Guarda numa obra não programada, pra favorecer o Intetnacional

Sequência  de conhecimento público.
Saga cantada em prosa e verso falando de uma torcida que cedeu material de pra construir um Gigante.
Sem tirar o mérito do amor demonstrado por torcedores apaixonados, com cada um doando o permitido por seu poder aquisitivo, de um tijolo à cargas fechadas, não há como aceitar ter sido tudo fruto de doadores.
Anos difíceis, onde em 13 anos, conquistou um único estadual; competição mais importante da época.
Entrelinhas mostram. Doação de Torcedores não construiriam Estádio.  Quem bancou boa parte da Construção foi dinheiro público, maquiado por doação popular.

Da Construção à Reforma do Beira Rio, História se repete.
Colorado se beneficia de Caridade e privilégios oficiais, longe do alcance dos demais Clubes do Estado.
Exemplo maior é o Grêmio.
Clube está na sua terceira sede. Todas construídas com sacrifício e recursos próprios.
Colorados conheçam sua História e parem com flautas burras contra patrimônio Tricolor.



PS:
Pesquisa realizada via depoimentos e informações em Arquivos do Correio do Povo e ZH.

Abrindo parênteses pra comentário de Torcedor.

Grêmio é Mutuário, não Inquilino.
Paga parcelas da nova casa. Não aluguel.
Terreno da ARENA paga IPTU. É particular.  Não Área Federal invadida.
ARENA tem Escritura alienada e será do Grêmio sem restrições de garantia, ao final do financiamento.
Agora Colorados. Parem com flauta burra e falem sobre a condição  legal do Beira Rio.





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