Papai Noel chega com saco de notícias preocupantes no Beira Rio.
Ao término das Festas, realidade se apresentará com espírito não muito natalino.
Administração Medeiros arriscou. Apostou alto. Roleta foi ingrata. Deu preto; não vermelho.
Convicção no Beira Rio. Prioritário vender. Premiação da CBF mal daria pra suprir dívidas vencidas.
Esperança de valorização de Elenco com boa Campanha no Brasileirão e aposta em destaques individuais, aos poucos vem se dissipando.
Dourado, Cuesta e Nico Lopez concentravam expectativas, de certa forma exageradas, de transações capazes de suprir necessidades de Caixa; não se concretizou.
O Internacional 2018 marcou pelo coletivo, pegada, raça e empenho; mais suor do que técnica.
Alguns destaques, mas nada que justificasse interesse de grandes Clubes, dispostos a pagar o solicitado.
Houveram especulações. Prêmios individuais recebidos aguçaram curiosidades e sondagens, mas no final caíram no lugar comum. Bons jogadores, mas longe dos valores
pedidos.
Ainda não alcançaram patamar de vender a certeza de chegarem em Gigantes Europeus, com Status de Titulares absolutos.
Futebol está cheio de exemplos.
Atletas comprados a preço de ouro, recebidos como Estrelas e que decepcionaram, contrapondo com Coadjuvantes adquiridos por pouco dinheiro pra compor Elenco, se tornando Proragonistas.
Jogadores Colorados teriam bola pra chegar e surpreender, mas hoje não trazem no peito a "Garantia de Qualidade".
Despertam interesse. Existem equipes dispostas a levá-los, mas pagando bem aquém do sonhado.
Ano de 2019, não surgindo fato novo, se apresenta como desafio complicado.
Dívida Colorada é de conhecimento público; agravante em negociações.
"Apertado" se obriga a vender barato. Basta mostrar desinteresse, esticar negociação e deixar desespero fazer o resto.
Sem fluxo de caixa, dificuldade recai sobre salários. Não há como manter Folha de Grande Time. Elenco competitIvo custa.
Existem exceções. História mostra exemplos de esquadrões eternos, formados por atletas não consagrados ou tão valorizados, mas é o mesmo que acertar na Loteria
Caso Damião demonstra realidade no Beira Rio.
Atacante de características raras. Encaixou como uma luva no Esquema Odair.
Peça fundamental. Veio por empréstimo e Santos pagava metade do Salário.
Prorrogar empréstimo era o objetivo, mas teriam de arcar com 100% das custas.
Salário de R$ 1 milhão está fora da realidade e tiveram de armar um teatro, dispensando o atleta, sem pegar torcida de surpresa e evitando reações negativas.
O grande pânico de Medeiros é de enfrentar revolta vinda das Arquibancadas.
Baldasso, funcionário remunerado do Clube, jornalista formador de opinião, não faz um único comentário, sem a aprovação da Diretoria e foi escalado pra preparar terreno.
Veio a público criticando Damião, citando salários fora da realidade do Inter e dividindo opiniões entre torcedores, pra necessidade de dispensar o Jogador.
Clube tem demonstrado habilidade de administrar a dívida, vendendo euforia ilusão de competividade e maquiando realidade.
Não há milagres. Sair do caos financeiro direto pra dias de Glória, sem passar por fase transitória de reconstrução, utopia possível só entre ingênuos. Quanto mais protelar, maiores serão as sequelas.
Problema é que chegará o momento de pagar a divida. Choque de realidade promete ser doloroso.
Grêmio estava na mesma situação. Bolzan enxergou e trouxe austeridade ao Clube.
Questão é saber até quando Medeiros pretende levar essa Ciranda.
Gestão não se sustenta em apostas, mas em planejamento a longo prazo, pés no chão e coragem pra encarar.
O mais surpreendente é o comparativo de postura.
Bolzan, com mandato consagrado, casa arrumada, três títulos importantes na bagagem, fala em cautela, não se jogar em aventuras e terminar Administração de forma digna, mesmo sem volta olímpica, enquanto Medeiros está com dedo no gatilho, pronto pra gastar o que não tem.
Por mais incoerente, contratações Coloradas, se vierem sem a venda de alguns expoentes do atual elenco, para o Torcedor coerente será razão de preocupação; não de euforia.
Será sinal de estarem cavando o poço ainda mais.