terça-feira, 12 de abril de 2016

Velho Chico - Globo - Será que Benedito Rui Barbosa nos estuprará com mexicanismo?



Tenho consciência. Sou Spin contrário, na estrutura atômica do modismo Tupiniquim.
Na cabeça dos "intelectuais intelectualoides de plantão", ser culto é propagar não assistir a Globo.
Eu gosto de Arte. Não tenho como negar a importância Global na existência terrena do "Indio Brazilis."


Confesso. Hoje em dia vislumbro queda de qualidade, no que se refere a talento e criatividade.
Textos pararam no tempo. Piadas velhas receberam nova roupagem, mas não encontraram Fonte da Juventude.
Emissora virou depósito de muita gente, recebendo fortunas e pouco produzindo.
Globo vítima da Guerra de Audiência, dedicada ao vender, custe o que custar, para não sucumbir no seu Gigantismo.
Mesmo assim assisto. Da mesma forma que não abro mão de um bom livro. Escapadas no Cinema, no Teatro, em Circos passantes pela cidade e todo tipo de manifestação artística, ao alcance do meu raio de possibilidades.

Folhetins Globais, também conhecidos por Novelas, entraram num ciclo vicioso medonho: Favela, funk, sexo quase explícito, apologia à pobreza, criminalização da riqueza, opções sexuais e outras aberrações. repetidas, até assustarem com queda absurda de audiência.
Critiquei. Bati na mesma tecla e, finalmente, luz no fim da tela. Velho Chico.
Confesso. Vibrei. A mudança 360º, com a qualidade voltando.
Rasguei elogios à cenas hipnotizantes. Atuação impecável de atores, somada a cenário e texto. Tudo no ponto certo.
Depois de longos séculos de "Abstinência Novelística",  me tornei seguidor assíduo de Velho Chico. História em duas partes. A primeira entrou para História, mas a segunda já surge com previsibilidade. Espero estar enganado. Benedito Rui Barbosa não pode aprontar uma dessas.


Veja no que reside meu medo:
Na primeira fase, personagens Santo e Maria Tereza vivem romance proibido. Separados, ficam sem ter noticias um do outro.
Maria Tereza descobre estar grávida. Envia cartas a Santo. Elas nunca chegam. Destruídas que foram por Filha do Capitão Nascimento, eterna apaixonada, que era vista como irmã pelo amado.
Maria Tereza pensa ter sido esquecida e casa com escolhido do Pai, que assume o filho.


Eis que surge a 2ª Parte.
Passados 28 anos, Maria Tereza retorna à Fazenda, onde tudo aconteceu. Santo casou com a filha do Capitão. Da união nasce uma linda morena.
O filho de Maria Tereza ainda não entrou na História e o previsível salta aos olhos. O suficiente para eu mudar de canal.
No velho estilo mexicano, os dois irmãos se apaixonarão loucamente. (Quanto mais dramalhão, melhor).
Inferno Astral para a mãe da moça.
Confessar ter escondido cartas, revelando ao marido sobre a paternidade do filho de Maria Tereza, dando fim ao seu casamento ou calar-se e ver "insesto" de camarote?


Benedito, Benedito...Não faça isso com seu currículo. Você pode muito mais.
Posso até engolir erros na sequência:
Uma Maria Tereza bem mais alta, com a chegada de Camila Pitanga.
Atores jovens demais, se contarmos idades da primeira parte, com o passar de 28 anos e outras "coisitas más".
Passa.
Sem problemas. A gente sabe das questões contratuais, mas mexicanismo....
Ninguém merece.

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