segunda-feira, 4 de junho de 2018

Seleção não é mais a Pátria de chuteiras; é o Milionário Time da CBF.


A vida é cíclica.  Não há como lutar contra mudanças. Elas fazem parte do processo.
Mudar é consequência Natural, mas nem sempre significa evolução.
O homem cede diante da sua necessidade de considerar o ontem obsoleto e utiliza o hoje pra criar novo amanhã, ciente de ter de prestar contas com a mais irredutível das Leis; Ação e reação.


Futebol exemplifica tese.
Esporte apaixonante de alcance Mundial. Fenômeno simples de explicar.
Homem é mais animal do que presume. Pulsar de instintos camuflados de perfumes de racionalidade, não esconde competividade.
Ser Humano na média geral não se deixa domesticar. Vive em disputa com outros indivíduos, inclusive os de sua espécie; e com ele mesmo.
No Futebol encontra "campo" pra externar essa necessidade.
Entra em campo com o time, participa intensamente. A derrota é o seu fracasso. A vitória lhe pertence.


A paixão do brasileiro pelo futebol não é maior que a de outros Cidadãos do Mundo, mas vem com agravantes.
- Diferente dos USA, pra citar um exemplo, onde Futebol Americano, Basquete e Beisebol dividem preferência no topo da hierarquia, por  aqui futebol reina soberano.
- Condição financeira aquém do mínimo, frustrações e total prejuízo em direitos básicos, transformam o futebol em única válvula de escape, pra extravasar frustrações e criar uma falsa Realidade de sucesso pessoal.


Diante do imensurável apelo popular, a CBF, pra se adaptar à tendência mundial e saciar interesses,  transformou esporte em "busines".
Atletas supervalorizados migraram para o primeiro Mundo e a Seleção se internacionalizou.
Consequência interna mostra retrocesso capaz de trazer sequelas duras de reverter.
Estamos às vésperas de uma Copa do Mundo. Aonde estão a mobilização, as bandeirinhas, ruas enfeitadas e outros sinais de envolvimento?


Estrutura milionária em Terezopolis relegada a Centro de Treinamento de Categoria de Base.
Partiram.pra Europa, sem ao menos terem a sensibilidade de um jogo de despedida do Brasil.
Romperam o elo.
Claro que o brasileiro irá acompanhar e torcer, mas o coração  não entrará em campo. O Povo não fala Inglês.
A Verde Amarela já não representa a Pátria de Chuteiras, o derrubar do "Complexo de Vira latas,  a Nação Tupiniquim mostrando aos Gringos quem manda; virou o Time Milionário da CBF.
Atletas permanecem Estrelas admiradas, mas não mais idolatradas.


Apesar do esforço da "Plin Plin" pra manter a chama presa, garantia de audiência a ganhos altos, o Cristal arranhou.
Abismo abissal entre futebol e outros Esportes, mas espaço no coração da população está vago.
Federações vislumbram oportunidade única.
Coração  vazio busca novo amor.
Quem se habilita a ser a nova Paixão Nacional?

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