terça-feira, 28 de agosto de 2018

Renato Portaluppi - De Bestial à Besta?

Grêmio diante do maior desafio do ano, se pergunta:
- O que aconteceu com Renato?


Diante da decisão com Estudiantes há  consenso entre Gremistas. Tricolor tem time, elenco e futebol pra atropelar os Argentinos. Medo paira em não saber qual Grêmio estará  em campo. Renato perdeu a mão.
Se preocupou com questões paralelas e delapidou a qualidade do futebol posto em prática.
Dedicou-se a mostrar ser ele quem manda, quando o grande gestor sabe que fundamental é saber mandar.
Levou o irrelevante à questão de honra, teimou com jogadores sem a mínima condição de vestir a camisa do Grêmio e a bola o fez responder.
Futebol é  Bíblia Polar. Vai do abstrato à  exatidão matemática e não aceita erros primários ou invenções.


Não há como tirar os méritos do ídolo nessa última passagem no comando. Grêmio conquistou 4 títulos e ele é um dos grandes responsáveis pelas conquistas.
Herdou base de Roger e aperfeiçoou.  Tricolor, nos melhores momentos, arrancou aplausos  do Universo do futebol.

O que aconteceu com o Grêmio de Renato?.
Analisemos as equipes em campo, nos jogos de ida das decisões nas principais conquistas.


Copa do Brasil.
Gremio 3x1 Atlético MG
GRÊMIO: Marcelo Grohe, Edílson, Geromel, Kannemann e Marcelo Oliveira; Walace, Maicon, Ramiro (Jailson, 43'/2ºT) e Douglas (Everton 35'/2ºT); Pedro Rocha e Luan (Fred, 47'/2ºT).

Grêmio de Renato chega ao apogeu.  Time encaixa no sistema tick tack,  prioriza posse de bola, toca com naturalidade, força e velocidade. Põe  adversário na roda.
Futebol envolvente baseado em figuras a se destacar.
Força de Edílson pela direita, dando a Ramiro mais liberdade.
Geromel e Kannemann num crescente absurdo.
Wallace ditando o ritmo no meio, fazendo a bola correr, possibilitando espaços a Maicon e Luan.
Na frente a velocidade e juventude de Pedro Rocha e a presença de área de Barrios, prendendo zagueiros.
Ponto fraco da equipe, Marcelo Oliveira; primeiro sinal da teimosia de Renato.
Destino ajudou Tricolor, Marcelo se lesionou, Cortez entrou e treinador não teve como tirá-lo do time.


Libertadores
GRÊMIO 1x0 Lanus
Marcelo Grohe; Edílson, Pedro Geromel, Walter Kannemann e Bruno Cortez; Jailson (Cícero), Arthur, Ramiro, Luan e Fernandinho (Everton); Lucas Barrios (Jael)

Equipe campeã da Copa do Brasil manteve base. Saíram Wallace e Pedro Rocha, mas surgiram Fernandinho, Cortez e Arthur.
Fernandinho não tinha o mesmo fôlego  de Rocha, mas com a entrada de Cortez não precisava se desdobrar pra fechar a Avenida Marcelo Oliveira.
Arthur, apesar da tentativa de Renato de empurrar Cícero goela abaixo, também foi beneficiado por lesões,  entrou e manteve padrão da época de Wallace.


GRÊMIO: Marcelo Grohe; Léo Moura, Geromel, Kannemann e Cortez; Maicon, Jailson, Alisson (Lima), Luan e Everton; Cícero (Jael)

Grêmio perdeu a espinha dorsal.  Saídas de Arthur (lesionado), Edílson,  Fernandinho e Barrios mostravam a nova realidade.
Clube precisava ir ao Mercado buscar atletas de características semelhantes ou mudar filosofia de toque de bola. Nessa hora Renato perdeu a mão.
Não soube entender a nova realidade. Passou a teimar em manter o mesmo sitema, sem ter material humano pra colocá-lo em prática.
Nem a desculpa de contenção de despesas pode ser considerada. Tinha no banco garotos com força, juventude e estilo de jogar, com chances de manter a velocidade e o futebol envolvente; Renato ficou obcecado por veteranos.
Algo inexplicável. Cícero só não jogou no gol. Até centroavante virou.
Leo Moura ganhou cadeira cativa.
Time envelheceu, se tornou lento, fácil de marca e improdutivo.
Chegou a terminar jogos com 6 jogadores com mais de 30 anos.
Consequências  desastrosas.
Luan isolado e fácil de marcar; situação previsível. É lento por característica, gosta de pentear a bola, precisa de manivela pra andar, criando-lhe espaços para o toque à  mais.
André é lento e não tem a força física de Barrios; outra teimosia de Portaluppi.
Ramiro limitado à peça sem função é contratações não tem as caracteristicasuas que esquema exige.
Time vive da juventude e velocidade de Jael, quando joga, e Everton.


Visão  equivocada de Renato se tornou gritante no time alternativo.
Equipe vinha bem. Respeitando proporçõe, lembrava o Grêmio dos bons tempos. Toques rápidos e futebol envolvente impulsionados pelo talento de Mateus Henrique, apontado como promessa de ser um novo Arthur.
Contra o Furacão Renato não colocou o menino e veio com Cícero.  Matou o time. Como explicar essa afronta à  lógica?

Hoje tem Estudiantes. A torcida lotará Arena e fará sua parte mas com pes no chão.
Se time entrar com André, Leo Moura e afins, com tick tack enceradeira belo Antonio, sonolento e improdutivo, noite promete ser de terror.


Acorda Renato.
 Elenço com Jean Pierre,  Tony Andersono,  Leonardo, Lincoln e Matheus Henrique não tem porquê teimar com ex jogadores em atividade.
Perder faz parte. Abrir mão da vitória em nome do ego, não.
Parafraseando o grande Otto Glória; você foi de Bestialidade à Besta.




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